O
diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina.
O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras
de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a
infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias.
Já
no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção
das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em
pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis
de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens.
Confira
10 coisas que você precisa saber sobre os dois tipos mais comuns de diabetes:
1.
No tratamento do diabetes, o ideal é que a glicose fique entre 70 e
100mg/dL. A partir de 100mg/dL em jejum ou 140mg/dL duas horas após
as refeições, considera-se hiperglicemia e, abaixo de 70mg/dL, hipoglicemia. Se
a glicose permanecer alta demais por muito tempo, haverá mais possibilidade de
complicações de curto e longo prazo. A hipoglicemia pode causar sintomas
indesejáveis e com complicações que merecem atenção.
2.
Tanto insulina, quanto medicação oral podem ser usadas para o tratamento do
diabetes. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes
tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes tipo 2
(quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade
suficiente). A medicação oral é usada no tratamento de diabetes tipo 2 e,
dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina
ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio.
3.
A prática de exercícios pode ajudar a controlar a glicemia e a perder gordura
corporal, além de aliviar o estresse. Por isso, pessoas com diabetes devem
escolher alguma atividade física e praticar com regularidade, sob orientação
médica e de um profissional de educação física.
4.
A contagem de carboidratos se mostra muito benéfica para quem tem diabetes. Os
carboidratos têm o maior efeito direto nos níveis de glicose, e esse
instrumento permite mais variabilidade e flexibilidade na alimentação,
principalmente para quem usa insulina, pois a dose irá variar conforme a
quantidade de carboidratos. Isso acaba com a rigidez no tratamento de
antigamente, quando as doses de insulina eram fixas, e a alimentação também
devia ser. É importante ter a orientação de um nutricionista.
5.
As tecnologias têm ajudado no tratamento do diabetes. Os aparelhos vão desde os
glicômetros (usados para medir a glicose no sangue) até bombas de infusão de
insulina e sensores contínuos de monitorização da glicose.
6. Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, neuropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida normal.
7.
A educação em diabetes é muito importante para o tratamento. Não só o paciente
precisa ser educado, mas também seus familiares e as pessoas que convivem com
ele. Assim, o paciente pode ter o auxílio e o suporte necessários para um bom
tratamento e tomar as decisões mais adequadas com base em conhecimento.
8.
Muitos casos de diabetes tipo 2 podem ser evitados quando se está dentro do
peso normal, com hábitos alimentares saudáveis e com prática regular de
atividade física.
9.
O fator hereditário é mais determinante no diabetes tipo 2. Ainda se
estuda o que desencadeia o diabetes tipo 1 e, por enquanto, as infecções,
principalmente virais, parecem ser as maiores responsáveis pelo desencadeamento
do processo autoimune. No tipo 2, os casos repetidos de diabetes em uma mesma
família são comuns, enquanto a recorrência familiar do diabetes tipo 1 é muito
pouco frequente.
10.
Ainda não há cura para o diabetes. Porém, estão sendo realizados estudos que,
no futuro, podem levar à cura. Para o diabetes tipo 1, está sendo estudada a
terapia com células-tronco em pacientes recém-diagnosticados. Já para o
diabetes tipo 2, os estudos com a cirurgia de redução de estômago
(gastroplastia) têm mostrado aparentes bons resultados, mesmo em pacientes que
não estão acima do peso. Salienta-se que esses métodos ainda são absolutamente
experimentais.
FONTE: http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-diabetes/
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