"A teoria mais aceita é que o ruído é uma forma de os filhotes se
comunicarem com a mãe ou com os irmãos de ninhada", conta o especialista
em felinos Carlos Alberts, professor de zoologia da Universidade Estadual
Paulista (Unesp) - campus de Assis (SP).
Para ele, o ronronar pode ser interpretado como uma forma de os gatos
dizerem "Mamãe, eu preciso de você!", ou "Mamãe, eu adoro ficar
com você...". De onde se conclui que é mais ou menos assim que os bichanos
enxergam seus donos -- como a figura materna.
Um dos fatos que reforça a teoria, de acordo com Alberts, é que gatos
selvagens não ronronam para humanos, e nem mesmo para indivíduos da mesma
espécie que não sejam a progenitora ou os companheiros de útero.
De acordo com o professor da Unesp, a capacidade de se comunicar dessa
forma seria algo próprio apenas de filhotes, mas que, com a domesticação,
acabou sendo perpetuada pelo resto da vida. Afinal, gatos de todas as idades se
comportam como crianças felinas, que não precisam sair para caçar.
Manipulação
Uma pesquisadora da Universidade de Sussex, no Reino Unido, era acordada
todas as manhãs por seu gato de estimação com um ronronar insistente para pedir
comida. Conversando com outros amigos que tinham o mesmo problema, Karen McComb
decidiu investigar os motivos que levam esses bichos a emitir o ruído.
A resposta, publicada por McComb em um artigo no periódico "Current
Biology", há alguns anos, não chegou a surpreender amantes de gatos.
Segundo ela, um ronronar com frequência mais baixa é utilizado pelos bichos
para manipular os humanos, a fim de que eles supram suas necessidades.
Como costumam OBTER resposta dos donos, a chance de usarem o recurso com
diferentes objetivos aumenta. Por isso, pesquisas que seguem a mesma linha de
McComb apontam semelhanças entre o som dos gatos e choro dos bebês.
Gatos e cia
Os gatos não são os únicos animais a ronronar. Segundo o professor da
Unesp, essa é uma característica de todos os felinos "pequenos",
pertencentes à subfamília Felinae, da qual também fazem parte a jaguatirica e
outros maiores, como o puma, por exemplo.
Já felinos de GRANDE porte, como leões e tigres, da subfamília
Pantherinae, não ronronam. Por outro lado, conseguem rugir, embora os sons
tenham objetivos bem distintos. "O rugido é uma forma de dizer 'Este
território é meu'", diz Alberts. E esses animais capricham na mensagem: é
o som de origem orgânica mais alta da natureza, de acordo com o especialista.
Baseados em exames, os cientistas hoje sabem que o ronronar é produzido
por contrações rítmicas dos músculos da laringe e do diafragma, mas é diferente
da vocalização. As vibrações podem ser feitas quando o animal inspira ou
expira, e sentidas como um motorzinho por quem lhe toca o tórax.
Cada gato tem seu próprio padrão, com frequência que costuma variar
entre 25 e 150 Hz. Para um veterinário que tenta auscultar o bichano, a tarefa
fica praticamente impossível se ele estiver ronronando, o que não é incomum por
se TRATAR de uma situação de estresse. E esse problema já foi alvo até de um
trabalho científico, publicado em 2013 no "Journal of Small Animal
Practice", que sugere uso de sprays à base de etanol antes do exame.
Alguns estudos divulgados pelo instituto de pesquisas Fauna
Communications, uma entidade sem fins lucrativos, ainda indicam que as frequências
do ronronar são úteis para curar fraturas e aliviar a dor dos pequenos felinos.
Mas tudo isso ainda é só hipótese. Por enquanto, só o que os donos de gatos
podem fazer é curtir o barulhinho e tentar adivinhar o que ele quer dizer.
O gato quando percebe que o "dono" está triste, ronrona pra
ele, ou seja, eles demonstram que estão tristes também, "dono" entre
aspas por que gato não tem um dono de verdade, são só pessoas que eles aceitam
naquele momento. Várias
pesquisas já tentaram explicar o que está por trás do ronronar dos gatos e,
embora os resultados sejam diversos, uma coisa é certa: esse ruído é uma forma
de comunicação. E não apenas para manifestar prazer -- mas também fome, medo ou
necessidade de aconchego.
"A teoria mais aceita é que o ruído é uma forma de os filhotes se
comunicarem com a mãe ou com os irmãos de ninhada", conta o especialista
em felinos Carlos Alberts, professor de zoologia da Universidade Estadual
Paulista (Unesp) - campus de Assis (SP).
Para ele, o ronronar pode ser interpretado como uma forma de os gatos
dizerem "Mamãe, eu preciso de você!", ou "Mamãe, eu adoro ficar
com você...". De onde se conclui que é mais ou menos assim que os bichanos
enxergam seus donos -- como a figura materna.
Um dos fatos que reforça a teoria, de acordo com Alberts, é que gatos
selvagens não ronronam para humanos, e nem mesmo para indivíduos da mesma
espécie que não sejam a progenitora ou os companheiros de útero.
De acordo com o professor da Unesp, a capacidade de se comunicar dessa
forma seria algo próprio apenas de filhotes, mas que, com a domesticação,
acabou sendo perpetuada pelo resto da vida. Afinal, gatos de todas as idades se
comportam como crianças felinas, que não precisam sair para caçar.
Manipulação
Uma pesquisadora da Universidade de Sussex, no Reino Unido, era acordada
todas as manhãs por seu gato de estimação com um ronronar insistente para pedir
comida. Conversando com outros amigos que tinham o mesmo problema, Karen McComb
decidiu investigar os motivos que levam esses bichos a emitir o ruído.
A resposta, publicada por McComb em um artigo no periódico "Current
Biology", há alguns anos, não chegou a surpreender amantes de gatos.
Segundo ela, um ronronar com frequência mais baixa é utilizado pelos bichos
para manipular os humanos, a fim de que eles supram suas necessidades.
Como costumam OBTER resposta dos donos, a chance de usarem o recurso com
diferentes objetivos aumenta. Por isso, pesquisas que seguem a mesma linha de
McComb apontam semelhanças entre o som dos gatos e choro dos bebês.
FONTE: noticias.uol.
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