Desde os tempos mais
remotos indagamos sobre a origem dos seres vivos, incluindo nós mesmos, e
durante todo esse tempo sempre tivemos nossas “respostas” na forma de
fantasias, estórias fantásticas e recheadas de alegorias que foram transmitidas
de geração após geração.
Por mais de 99% de
seus quase 250 mil anos na Terra, o Ser Humano foi dominado pelo pensamento
mitológico e suas lendas. Depois, há cerca de 2500 anos atrás surgiu a
Filosofia, e a Razão tentou buscar essa resposta abrindo caminho para algo além
dos mitos e crenças.
Mas essa Era de
lucidez racional seria por 1000 anos obscurecida pelas sombras da Idade Média e
seus dogmas de fé baseados na antiga mitologia judáico-cristã. No Oriente
Médio, boa parte desta cultura racional sobreviveu disputando lugar com a
crença na similar mitologia islâmica, e no Extremo Oriente, também desde há 25
séculos atrás, outro tipo de
Teoria de Lamarck
A Lei Do Uso e Desuso
é:
"Aquela, que
quanto mais usa cresce
E quanto menos usa encolhe"
Segundo Lamarck o
ambiente condiciona a evolução, levando ao aparecimento de características que
permitem aos indivíduos adaptarem-se às condições do ambiente onde vivem. A
adaptação representa, então, a necessidade que os seres vivos possuem de
desenvolver características estruturais e funcionais que lhes permitem
sobtreviver em determinado ambiente.
A necessidade cria um
órgão
A função modifica-o
Se um órgão é muito
utilizado desenvolve-se. tornando-se mais forte, vigoroso ou de maior tamanho.
Nos animais que não
passaram o limite do seu desenvolvimento o uso mais frequente e continuo de um órgão
fortalece, desenvolve e aumenta gradualmente esse órgão.
Por outro lado a não
utilização permanente de qualquer órgão causa o seu enfraquecimento e de
teorização e diminui progressivamente a sua capacidade para funcionar, até que
finalmente desaparece.
TEORIA DE DARWIN
Charles Darwin (1809-1882),
naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna
teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos
mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos
adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem
adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
As idéias de Darwin
influenciaram profundamente o mundo intelectual do século XX. Provocaram uma
grande polêmica, principalmente sustentada pelos defensores do fixismo – também
denominado criação especial. O raciocínio de Darwin que levou à idéia de
seleção natural pode ser resumido da seguinte forma:
·
Os organismos vivos têm grande capacidade de
reprodução. Poucos indivíduos, no entanto, chegam à idade de procriação, já que
a quantidade de alimento que existe no ambiente é limitada.
·
Isso ocorre porque organismos quem têm as
mesmas necessidades alimentares competem entre si, “lutando” constantemente
pela existência.
·
Outro fato é a existência de variações hereditárias
dentro de um mesmo grupo. Essas variações podem ser transmitidas aos
descendentes. Algumas são mais favoráveis do que outras num certo ambiente.
·
Assim, os organismos que têm as variações
mais favoráveis naquele ambiente têm maiores probabilidades de sobrevivência e reprodução do que os demais e transmitirão
suas características a seus descendentes. Dessa forma, cada geração ficará
sucessivamente mais adaptada às condições do ambiente.
NEODARWINISMO
A
Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários
pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de
Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais
importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de
Mendel, substituiu o conceito antigo de herança através da mistura de sangue
pelo conceito de herança através de partículas: os genes. A teoria sintética
considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva.
A população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma
espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de
tempo.
Para
melhor compreender esta definição, é importante conhecer o conceito biológico
de espécie: agrupamento de populações naturais, real ou potencialmente
intercruzantes e reprodutivamente isolados de outros grupos de organismos.
Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzante, significa que uma
espécie pode ter populações que não cruzem naturalmente por estarem
geograficamente separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em contato,
haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis. Por isso, são
potencialmente intercruzantes. A definição biológica de espécie só é valida
para organismos com reprodução sexuada, já que, já que, no caso dos organismos
com reprodução assexuada, as semelhanças entre características morfológicas é
que definem os agrupamentos em espécies.
Observando
as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar
que não existe um indivíduo igual ao outro. Exceções a essa regra poderiam ser
os gêmeos univitelínicos, mas mesmo eles não são absolutamente idênticos,
apesar de o patrimônio genético inicial ser o mesmo. Isso porque podem ocorrer
alterações somáticas devidas á ação do meio. A enorme diversidade de fenótipos
em uma população é indicadora da variabilidade genética dessa população,
podendo-se notar que esta é geralmente muito ampla.
A
compreensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma
população é fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a
evolução é, na realidade, a transformação estatística de populações ao longo do
tempo, ou ainda, alterações na frequência dos genes dessa população. Os fatores
que determinam alterações na frequência dos genes são denominados fatores
evolutivos. Cada população apresenta um conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos,
pode ser alterado. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os
genes presentes nessa população. Assim, quanto maior é a variabilidade
genética.
Os
fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser
reunidos duas categorias:
Fatores
que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica,
mutação cromossômica, recombinação;
Fatores
que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: seleção natural,
migração e oscilação genética.
A
integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao
longo do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo,
quando, então, surgem novas espécies. Nos capítulos seguintes, esses tópicos
serão abordados com maiores detalhes.
FONTE: teoriaevolucionistadelamarck
Maniadehistoria
sobiologia
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