Pesquisadores medem liberação de dióxido de carbono de
raízes de árvores no Parque Nacional Tambopata, no Peru, logo depois da seca de
2010 (Foto: Jake Bryant/Nature)
Cientistas concluíram que o ritmo em
que as árvores da Amazônia "inalam" carbono por meio da fotossíntese
pode diminuir durante os períodos de seca severa.
Pela primeira vez, uma equipe
internacional de pesquisadores, liderados por especialistas da Universiade de
Oxford, na Inglaterra, apresentaram provas diretas sobre essa queda do consumo de
carbono.
"Florestas tropicais são conhecidas
popularmente como os 'pulmões' do planeta. Aqui, mostramos pela primeira vez
que durante secas severas a taxa de 'inalação' do carbono pela fotossíntese
pode diminuir", diz o pesquisador Christopher Doughty, um dos autores da
pesquisa.
"Essa queda no consumo de carbono não
diminui as taxas de crescimento, mas significam um aumento nas mortes das
árvores" nos anos seguintes à seca.
Psquisador mede diâmetro de
árvore da Amazônia no Peru (Foto: Jake Bryant/Nature)
Com a morte das árvores, elas se
decompõem, aumentando ainda mais as concentrações de dióxico de carbono na
atmosfera, segundo Doughty, o que pode acelerar as mudanças climáticas durante
as secas tropicais.
Os cientistas mediram, durante três anos,
as taxas de crescimento das árvores, a quantidade de folhas caídas e a
liberação de dióxido de carbono pelas árvores. Uma grande seca ocorreu bem no
meio do estudo, em 2010.
Foi possível constatar, então, que
enquanto a taxa de fotossíntese permaneceu constante nas áreas que não haviam
sido afetadas pela seca, essa taxa caiu nos lugares mais afetados pelo
fenômeno.
A rede Monitoramento de Ecossistemas
Globais (GEM), coordenada pela Universidade de Oxford, deve continuar a
acompanhar as florestas nas Américas, Ásia e África para verificar como elas
são afetadas pelas mudanças climáticas.
Fonte: http://g1.globo.com/natureza
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