Ação aconteceu em duas cidades na
segunda quinzena de fevereiro.
Mais de 300 mil filhotes ainda serão soltos em comunidades do AM e PA.
Mais de 300 mil filhotes ainda serão soltos em comunidades do AM e PA.
O projeto Pé-de-Pincha, da Universidade
Federal do Amazonas (Ufam), realiza o manejo comunitário de quelônios nas
regiões do Baixo Amazonas e Juruá. Na segunda quinzena de fevereiro,
pesquisadores do projeto promoveram a soltura de aproximadamente 3,5 mil
filhotes de tracajá e tartaruga da Amazônia nos municípios de Borba e Careiro, ambos no interior do estado. A ação deverá continuar
durante os próximos meses. Em março e abril, a soltura deverá ser feita em,
pelo menos, sete municípios do Amazonas e Pará.
Segundo os coordenadores do projeto, até o
fim do ano, serão devolvidos para a natureza mais de 300 mil filhotes de
quelônios em 118 comunidades que participam do projeto. "É uma emoção
muito grande ver esse trabalho concluído. É como você cuidar de uma criança e
depois soltar para o mundo. Seria como se eles atingissem seus 18 anos. Estão
prontos para encarar a natureza", disse a agente ambiental Nilcinha
Ferreira.
"Essa é a conclusão do trabalho que
durou aproximadamente seis meses, dividido entre o período de coleta dos ovos,
eclosão e agora a soltura", declarou Carlos Dias, coordenador de campo do
projeto.
Na comunidade do Igapó Açu, já no
município de Borba, no km 380 da BR-319, a soltura ocorreu em maior número.
Cerca de 2,3 mil filhotes foram soltos na margem do Rio Igapó Açu. "A
gente consegue levar para a comunidade a educação, mediante um curso de agente
ambiental voluntário e a questão social e ambiental, quando a gente consegue
colocar a juventude para participar ativamente desse processo de soltura",
afirmou Carlos Bueno, gerente de sustentabilidade da Embratel, que é parceira
do projeto.
Conscientização
Para Carlos Dias, o trabalho de soltura dos quelônios resulta em conscientização. "É interessante o trabalho com as crianças, porque elas estão com a formação intelectual em desenvolvimento. A partir do momento em que adquirem um amor pelos animais, elas abraçam essa causa para a vida inteira", concluiu o coordenador.
Para Carlos Dias, o trabalho de soltura dos quelônios resulta em conscientização. "É interessante o trabalho com as crianças, porque elas estão com a formação intelectual em desenvolvimento. A partir do momento em que adquirem um amor pelos animais, elas abraçam essa causa para a vida inteira", concluiu o coordenador.
A ação dos pesquisadores ajudou a mudar
hábitos de ribeirinhos. O agricultor Raimundo Garcia, de 65 anos, lembra da
época em que era comum caçar os animais na região. "Antigamente tinha
muito bicho de casco, mas devido à destruição, sumiu. Podemos dizer assim, que
quase acabou. Então, hoje, estamos tentando recuperar o tempo perdido",
disse.
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