Sinônimos: bronquite
asmática
Asma é uma doença
inflamatória crônica das vias aéreas. O pulmão do asmático é diferente de um
pulmão saudável, como se os brônquios dele fossem mais sensíveis e inflamados -
reagindo ao menor sinal de irritação.
Se pensarmos em uma
pessoa sem a doença, ela sofrerá uma falta de ar quanto estiver exposta a
grandes irritações, como a fumaça de um incêndio. Diante desse quadro, o
organismo da pessoa identifica os agentes irritantes e faz com que a musculatura
que existe em volta do brônquio se contraia, fechando o órgão e impedindo que o
ar contaminado entre nos pulmões. O mesmo processo acontece com um paciente que
tem asma, só que os gatilhos para causar uma irritação nos brônquios são bem
menos intensos, como a poeira.
Asma é uma das
condições crônicas mais comuns, acometendo cerca de 235 milhões de pessoas no
mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Estima-se que, no Brasil,
cerca de 10% da população sofra com o problema.
SÉRIE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
Asma: entenda a
doença respiratória que causa falta de ar e tosse - Tipos
Para classificar a
gravidade da sua asma, o seu médico considera a análise clínica juntamente com
os resultados de seus exames. Determinar o quão grave é sua asma auxilia o
médico a escolher o melhor tratamento. Além disso, a gravidade da asma pode
alterar com o passar do tempo, necessitando um reajuste da medicação.
A asma é classificada
em quatro categorias gerais:
Grau 1: sintomas
leves e intermitentes até dois dias por semana e até duas noites por mês, em
geral com predomínio dos sintomas no inverno, por exemplo
Grau 2: sintomas
persistentes e leves mais do que duas vezes por semana, mas não mais do que uma
vez em um único dia
Grau 3: sintomas
persistentes moderados uma vez por dia e mais de uma noite por semana
Grau 4: sintomas
graves persistentes ao longo do dia na maioria dos dias e frequentemente
durante a noite.
Causas
Ninguém sabe
exatamente o que provoca asma, uma vez que cada pessoa apresenta uma
sensibilidade a gatilhos diferentes. Dessa forma, é importante entender o que
causa seus ataques de asma e tentar reduzir a exposição a esses agentes ou
buscar tratamentos mais adequados. Aqui estão os gatilhos mais comuns da asma:
Substâncias e agentes
alérgenos
Cerca de 80% das
pessoas com asma sofrem crises quando expostas a alguma substância transportada
pelo ar, como ácaros e poeira, poluição, pólen, mofo, pelos de animais, fumaça
de cigarro e partículas de insetos. Substâncias químicas como tinta,
desinfetantes e produtos de limpeza também podem desencadear uma crise. Quando
aspirados, esses agentes podem irritar os brônquios, levando a uma crise.
Infecções virais, como o resfriado comum ou a gripe, também constituem causa
importante para o desencadeamento de uma crise de asma.
SAIBA MAIS
Você reconhece a
diferença entre asma e DPOC?
Crianças com obesidade
são mais propensas a ter asma
Alimentação
Alergias alimentares
podem causar crises de asma. Os alimentos mais comuns associados com sintomas
alérgicos são:
Ovos
Leite de vaca
Amendoins
Soja
Trigo
Peixe
Camarão e outros
crustáceos
Saladas e frutas
frescas.
Alguns conservantes e
aditivos acrescentados dos alimentos industrializados também podem desencadear
uma crise de asma.
Asma é causada por
uma inflamação crônica nos brônquios
Asma induzida por
exercício
É um tipo de asma
desencadeado por exercício ou esforço físico. Muitas pessoas com asma
experimentam algum grau de sintomas ao praticar atividade física. No entanto,
existem muitas pessoas sem asma diagnosticada que desenvolvem sintomas apenas
durante o exercício. Inclusive, alguns atletas podem apresentar essa
manifestação da doença.
Com asma induzida por
exercício, o estreitamento das vias aéreas tem um pico de cinco a 20 minutos
após o exercício começar, o que dificulta a retomada do fôlego. Seu médico pode
lhe dizer se você precisa usar um broncodilatador antes do exercício para
evitar os sintomas incômodos.
Asma ocupacional
A asma ocupacional é
um tipo de asma que resulta de gatilhos do trabalho. É muito comum em pessoas
que trabalham em usinas ou expostas a agentes químicos, tinturas, agrotóxicos,
etc. Com este tipo de asma, você pode ter dificuldade em respirar e sofrer
outros sintomas de asma apenas nos dias em que você está no trabalho.
Muitas pessoas com
este tipo de asma sofrem com nariz escorrendo, congestão, irritação nos olhos
ou tosse, em vez de o chiado no peito típico da doença. Alguns trabalhos comuns
que estão associados com a asma ocupacional incluem criadores de animais e
veterinários, agricultores, cabeleireiros, enfermeiros, pintores e marceneiros.
SAIBA MAIS
Você sabe como
prevenir ataques de asma?
Estudo liga produtos
de limpeza ao maior risco de asma em adultos
Asma é relacionada a
mau desempenho escolar das crianças
Asma noturna
Asma noturna é um
tipo comum da doença. Se você tem asma, as chances de sofrer uma crise são
muito mais elevadas durante o sono, porque a asma é fortemente influenciada
pelo ritmo circadiano (ciclo biológico que regula as funções do nosso corpo,
geralmente de acordo com a luz do sol). Acredita-se que a asma noturna acontece
devido ao aumento da exposição aos alérgenos, ao resfriamento das vias aéreas,
a posição reclinada ou até mesmo pelas secreções hormonais.
Se você tem asma,
observe se seus sintomas pioram quando a noite avança. Caso isso aconteça,
procure um médico para descobrir as causas das suas crises de asma e buscar o
tratamento mais adequado.
Mudanças de
temperatura
O choque de
temperaturas é uma mudança bastante agressiva para quem tem as vias
respiratórias mais sensíveis. Além das crises de asma, é comum haver piora de
rinite ou tosse. A mudança do calor para o frio pode desencadear uma resposta
na mucosa brônquica que, por meio de estímulos nos receptores nervosos de
temperatura ou pela liberação de substâncias alergênicas, pode desencadear uma
crise.
Medicamentos
Medicamentos
anti-inflamatórios não hormonais - como o ácido acetilsalicílico, o diclofenaco
e o ibuprofeno - podem desencadear crises de asma. Isso acontece porque esses
remédios inibem uma via de inflamação, mas sobrecarregam outra, que tem forte
relação com a crise asmática em quem sofre da doença.
Condições de saúde
que podem imitar asma
Uma variedade de
doenças pode causar alguns dos mesmos sintomas da asma. Por exemplo, a asma
cardíaca é uma espécie de falha do coração em que os sintomas podem imitar
alguns dos presentes na asma regular. Algumas anomalias nas cordas vocais podem
provocar um chiado no peito que é muitas vezes confundido com a asma.
Fatores de risco
Histórico familiar
A asma é uma doença
que tem em seu bojo características genéticas. Pessoas com casos de alergias na
família tem uma predisposição genética para desenvolver quadros alérgicos no
geral, e o relacionado ao pulmão é a asma.
Histórico de alergias
A asma é uma doença
caracterizada pela presença de uma reação exagerada das vias aéreas, ou seja,
por um mecanismo de defesa aumentado. Esse é o pano de fundo em outras
alergias, desde respiratórias até cutâneas. Dessa forma, uma pessoa que tenha
algum tipo de alergia tem uma maior predisposição a ter outros tipos, dentre
eles a asma, uma vez que seu corpo tende a reagir de forma excessiva aos
estímulos externos.
Obesidade
As pessoas com
obesidade tem maior risco de asma. Isto ocorre porque a obesidade desencadeia
uma série de processos inflamatórios - e a asma nada mais é do que um processo
inflamatório em nossos brônquios. A obesidade é uma "facilitadora"
desse processo.
Baixo peso ao nascer
e hábitos da gravidez
Os bebês filhos de
mães tabagistas tem menor peso, devido aos infartos que o cigarro causa na
placenta, dificultando a nutrição do bebê durante a vida intrauterina. Apesar
de alguma controvérsia, existe uma relação entre baixo peso ao nascer e asma
até os cinco anos de idade. Isso acontece porque o pulmão só se forma
plenamente no fim de gestação. Por isso o bebê prematuro tem mais risco de ter
quadros inflamatórios no pulmão. É importante ressaltar que só podemos dizer
que uma criança é asmática após os dois anos de vida. Antes disso ela é um bebê
chiador.
Outros comportamentos
durante a gestação aumentam o risco de o bebê ter alergia, tais como dormir
mal, transtorno de ansiedade e depressão.
Refluxo
gastroesofágico
A doença do refluxo
gastroesofágico (DRGE) é uma condição na qual o conteúdo do estômago vaza em
direção contrária para o esôfago. Essa ação pode irritar o esôfago, causando
azia e outros sintomas. Se for aspirado, o conteúdo do refluxo gastroesofágico
pode ir parar dentro dos pulmões. Isso pode desencadear uma inflamação e
favorecer quadros como pneumonias, bronquites e asma.
sintomas
Sintomas de Asma
A maioria das pessoas
com asma fica longos períodos sem sintomas, intervalados com as crises quando
expostos a algum agente. No entanto, algumas pessoas têm a deficiência
respiratória quase que cronicamente, com alguns episódios mais graves em
determinados períodos. Os ataques de asma podem durar minutos a dias e podem se
tornar perigosos se o fluxo de ar estiver muito restrito.
Os sintomas incluem:
Tosse com ou sem
produção de escarro (muco)
Repuxar a pele entre
as costelas durante a respiração (retrações intercostais)
Deficiência
respiratória que piora com exercício ou atividade.
Respiração ofegante
que:
Vem em episódios com
períodos intercalados sem sintomas
Pode ser pior à noite
ou no início da manhã
Pode desaparecer por
si mesma
Melhora quando se usa
medicamentos que abrem as vias respiratórias (broncodilatadores)
Piora quando se
inspira ar frio
Piora com exercício
Piora com azia
(refluxo)
Em geral começa
repentinamente.
Situações de emergência:
Lábios e rosto de cor
azulada
Nível diminuído de
agilidade, como sonolência grave ou confusão, durante um ataque de asma
Extrema dificuldade
de respirar
Pulsação rápida
Ansiedade grave
devido à deficiência respiratória
Sudorese.
Outros sintomas que
podem ocorrer com essa doença:
Padrão de respiração
anormal
Respiração para
temporariamente
Dor no peito
Aperto no tórax.
diagnóstico e exames
Na consulta médica
Ataques graves de
asma podem ser fatais. Ao perceber os sinais e sintomas, converse com o médico,
pois o tratamento precoce da asma pode evitar uma lesão pulmonar e ajudar a
manter o quadro estável, evitando ataques graves. O médico poderá fazer as
seguintes perguntas:
- O que exatamente
são os seus sintomas?; Quando você começou a perceber seus sintomas?; Quão
grave são os seus sintomas?; Você tem problemas de respiração na maior parte do
tempo ou apenas em determinadas situações?; Você tem alergias, como rinite ou
dermatite atópica?; O que parece piorar os seus sintomas?; O que parece
melhorar os seus sintomas?; Alguém na sua família tem asma ou outras alergias?;
Você tem problemas crônicos de saúde?
Diagnóstico de Asma
O principal para o
diagnóstico de asma é a história do paciente e os exames subsidiários.
Pacientes que têm crises esporádicas com melhora depois de um tempo são
suspeitos para asma, principalmente se tiverem outro tipo de alergia. O médico
também poderá pedir alguns exames para avaliar o funcionamento dos seus pulmões
Função pulmonar
No teste de função
pulmonar, você assopra em um tubo ligado a um computador que vai medir a função
dos pulmões. Se o paciente estiver tendo uma crise de asma naquele momento, ele
assopra no tubo uma primeira vez, e novamente após usar um broncodilatador. O
seu médico lhe dará instruções sobre como controlar a respiração corretamente.
Se a função pulmonar estiver alterada no primeiro resultado e estabilizada no
segundo, tem-se um diagnóstico de asma.
Entretanto, muitas
vezes o asmático chega ao médico contando uma história típica de asma, mas o
exame dá normal, pois ele não está em crise. Nesses casos, o médico pode
solicitar a chamada broncoprovocação, ou seja, expõe o paciente a um agente
inflamatório em nível controlado e observa. Se ele iniciar uma crise, é muito
suspeito para a asma, confirmando após o término do exame.
Espirometria
Esse teste avalia o
estreitamento dos seus brônquios, verificando a quantidade de ar que você pode
exalar depois de uma respiração profunda e quão rápido você pode colocar o ar
para fora. O exame de espirometria se encontra dentro do exame de função
pulmonar. Caso os seus pulmões não estejam inspirando todo o ar que deveriam, é
um sinal de que seus pulmões podem não estar funcionando bem.
Exames adicionais
Outros testes para
diagnosticar a asma incluem:
Teste de óxido
nítrico: embora pouco usado, esse teste mede a quantidade do gás óxido nítrico
que você tem em sua respiração. Quando as vias aéreas estão inflamadas um sinal
de asma você pode ter níveis maiores de óxido nítrico do que pessoas saudáveis
Exames de imagem:
radiografia de tórax e tomografia computadorizada (TC) dos seus pulmões e
cavidades do nariz podem identificar quaisquer anormalidades estruturais ou
doenças que estejam causando ou agravando problemas respiratórios
Gasometria arterial:
a gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no
sangue de uma artéria. Esse exame é utilizado para verificar se os seus pulmões
são capazes de mover o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido
de carbono do sangue.
Converse com seu
médico
Aqui estão algumas
dicas que podem ajudar seu médico a fazer o diagnóstico:
Anote quaisquer
sintomas que você está tendo, inclusive os que podem parecer sem relação com o
motivo pelo qual você agendou o compromisso
Anote quando seus
sintomas incomodam mais - por exemplo, se os seus sintomas tendem a piorar em
determinados momentos do dia, durante determinadas épocas do ano ou quando você
está exposto a outros gatilhos
Anote informações
pessoais importantes, incluindo qualquer estresse ou mudanças de vida recentes
Faça uma lista de
todos os medicamentos, vitaminas e suplementos que você está tomando
Leve um membro da
família ou amigo junto, se possível. Às vezes pode ser difícil de recuperar
todas as informações fornecidas a você durante uma consulta. O acompanhante
pode se lembrar de algo que você perdeu ou esqueceu.
Como o seu tempo de
consulta é limitado, preparar uma lista de perguntas irá ajudá-lo a aproveitar
ao máximo seu tempo. Liste suas perguntas iniciando pela mais importante, caso
o tempo se esgote antes de tirar todas as dúvidas. Para asma, algumas perguntas
básicas incluem:
É asma a causa mais
provável dos meus problemas respiratórios?
Quais são as outras
causas possíveis para os meus sintomas?
Que tipos de testes
que eu preciso?
É a minha condição
provavelmente temporária ou crônica?
Qual é o melhor
tratamento?
Quais são as
alternativas para a abordagem primária que você está sugerindo?
Eu tenho essas outras
condições de saúde. Qual a melhor forma de gerenciá-las juntas?
Existem restrições
que eu preciso seguir?
Existe uma
alternativa genérica para o medicamento que você está me prescrevendo?
Há algum livro ou
outro material impresso que eu posso levar para casa comigo? Quais sites você
recomenda visitar?
tratamento e cuidados
Tratamento de Asma
Prevenção e controle
são a chave para impedir que os ataques de asma comecem. As medicações de uso
contínuo servem para minimizar a sensibilidade e a inflamação as quais os
brônquios da pessoa asmática estão sujeitos, fazendo com que os pulmões reajam
com menos intensidade aos agentes irritantes, como poeira e ácaros. Diferente
dos broncodilatadores, que apenas revertem o quadro de contração do brônquio,
os medicamentos contínuos funcionam para evitar que essas reações aconteçam.
Veja as linhas de tratamento para a asma:
SAIBA MAIS
Esclareça dúvidas
sobre medicamentos para asma
Inalação é usada para
tratar asma e bronquite
Medicamentos
contínuos
Os medicamentos da
asma perfeitos para o seu perfil dependem de uma série de coisas, incluindo sua
idade, seus sintomas, seus gatilhos de asma e o que parece funcionar melhor
para manter a sua doença sob controle. Os medicamentos preventivos de controle
em longo prazo reduzem a inflamação nas vias aéreas, impedindo que os sintomas
se iniciem. Os medicamentos contínuos, geralmente tomados diariamente, são a
base do tratamento da asma. Eles incluem:
Corticosteroides
inalados: essa classe de medicamentos inclui fluticasona, budesonida,
mometasona, ciclesonida, flunisolide, beclometasona e outros. Você pode
precisar usar esses medicamentos durante vários dias ou semanas antes que eles
atinjam o seu máximo benefício. Ao contrário de corticosteroides orais, esses
medicamentos têm um risco relativamente baixo de efeitos colaterais e são
geralmente seguros para uso contínuo, uma vez que agem diretamente nos pulmões,
em vez de passarem primeiro pela corrente sanguínea. As inalações são feitas
com inaladores portáteis, por meio de sprays ou em forma de pó – esse último
inalado por meio de um instrumento próprio. O tempo de ação pode ser de quatro,
12 ou 24 horas, e o espaço entre as inalações varia conforme esse intervalo.
Mais de 95% dos casos de asma podem ser controlados com o uso de corticoides
Modificadores de
leucotrienos: são medicamentos orais, incluindo o montelucaste, zafirlucast e
zileuton. Eles podem ser encontrados em forma de comprimidos, xaropes ou
sachês. Eles interferem no processo inflamatório dos pulmões, e raramente são
usados de forma isolada, sendo associado ao uso de corticoides. As doses e
intervalos de utilização variam conforme o caso e a associação de medicamentos
que está sendo feita
Beta-agonistas de
longa duração: são medicamentos inaláveis, e incluem salmeterol e formoterol.
Sua função é abrir as vias aéreas – ou seja, é um broncodilatador. Normalmente
são usados em associação com corticosteroides – chamados assim de inaladores de
combinação. Esses medicamentos não devem ser usados durante um ataque de asma
Teofilina: a
teofilina funciona principalmente como broncodilatador, mas possui efeito
anti-inflamatório, sendo também associada aos corticoides. O medicamento deve
ser ministrado a cada 12 horas, e as doses também variam conforme o paciente.
Broncodilatadores
É importante
ressaltar que os broncodilatadores servem para aliviar uma crise de asma, mas
não tratam a doença. Durante uma crise de asma, você tem o fechamento dos
brônquios, impedindo a entrada de ar nos pulmões. Os broncodilatadores servem
justamente para relaxar essa musculatura dos brônquios, permitindo que o ar
entre nos pulmões novamente. Essas medicações tem início de ação rápido,
gerando um alívio imediato do paciente. Há broncodilatadores de curta duração
(de quatro a seis horas de ação) e de longa duração (de 12 a 24 horas de ação),
mas nenhum desses é um tratamento preventivo, devendo ser associado aos
medicamentos.
Os broncodilatadores
são usados conforme necessário para alívio rápido dos sintomas durante um
ataque de asma. Se você tem asma associada ao exercício, pode ser que o médico
indique usar o broncodilatador logo antes de uma série. Os broncodilatadores
são ministrados com um inalador portátil ou um nebulizador, para que possam ser
inalados por meio de uma máscara ou um bocal.
Se você usa o
broncodilatador várias vezes ao dia, é um sinal de que a sua asma está
descontrolada e precisa de outras medicações. O maior risco de uma pessoa ter
várias crises e usa apenas o broncodilatador é mascarar uma crise mais grave.
Isso pode fazer com que você subestime a intensidade do quadro, ignorando sua
gravidade e vindo a sofrer consequências alarmantes, como uma asfixia, pois o
broncodilatador somente pode não dar conta da crise. Pessoas que usam ou usaram
o broncodilatador mais do que três ou quatro vezes em um único dia devem
procurar um pronto socorro ou ligar para seu médico, a fim de buscar formas de
tratamento da doença como um todo, não apenas da crise.
Outros medicamentos
Os corticosteroides
também podem ser ministrados em versão injetável, sendo que a frequência será
menor - por ser indicado para casos mais graves ou conforme a indicação médica.
Outro medicamento injetável é o omalizumabe, que diminui a resposta das células
inflamatórias do pulmão, fazendo com ele fique menos "estressado".
Ele é aplicado em média a cada 15 ou 20 dias, e podem ser muito eficaz para os
casos em que as medicações não estão surtindo efeitos significativos. Ele
também pode ser associado aos corticoides inalatórios, mas não é uma regra.
Se a sua asma é
desencadeada ou agrava por agentes alérgenos, alguns medicamentos para alergias
(anti-histamínicos) podem ser indicados, geralmente ministrados por spray oral
e nasal. Há também a termoplastia brônquica, usada para asma severa que não
melhora com corticosteroides inalados ou outros medicamentos para asma. A
termoplastia brônquica aquece o interior das vias aéreas nos pulmões com ajuda
de um eletrodo, reduzindo o músculo liso no interior das vias aéreas. Isso
limita a capacidade das vias aéreas de se contrair, tornando a respiração mais
fácil e possivelmente reduzindo os ataques de asma.
convivendo (prognóstico)
Convivendo/
Prognóstico
A asma pode ser um
desafio e estressante. Às vezes você pode ficar frustrado, irritado ou
deprimido porque você precisa cortar suas atividades habituais para evitar os
gatilhos. Você também pode se sentir limitado ou constrangido com os sintomas
da doença e por rotinas de gestão complicadas. Mas a asma não tem de ser uma
condição limitante. A melhor maneira de superar a ansiedade e uma sensação de
impotência é entender sua condição e tomar o controle de seu tratamento. Aqui
estão algumas sugestões que podem ajudar:
Diminua o ritmo
Faça pausas entre as
tarefas e evite atividades que pioram os seus sintomas. Se achar melhor, faça
uma lista diária de tarefas - isso pode ajudar a evitar que você se
sobrecarregue. Você pode criar recompensas para a realização de objetivos
simples.
Converse com outras
pessoas
Fóruns e outros
grupos na internet podem ser usados para trocar experiências sobre a asma, além
de ajudá-lo a se conectar com pessoas que enfrentam desafios semelhantes. Se
seu filho tem asma, tente concentrar a atenção nas coisas que seu filho pode
fazer, e não sobre as coisas que ele ou ela não podem fazer. Envolver
professores, enfermeiras escolares, treinadores, amigos e parentes podem ajudar
seu filho a controlar a asma.
SAIBA MAIS
Adote sete atitudes
para evitar crises alérgicas e de asma no inverno
Aprenda a usar a
bombinha de asma em oito passos
Evite seus gatilhos
Tomar medidas para
reduzir a sua exposição a coisas que provocam sintomas de asma é uma parte
fundamental do controle da asma. Manter a casa sempre limpa, evitar o acúmulo
de poeira e deixar algumas atividades de lado podem ajudar a prevenir uma
crise.
Faça exercícios
Ter asma não
significa que você não pode se manter ativo. Inclusive, a atividade pode
prevenir ataques de asma e fortalecer seu coração e pulmões. Além disso, os
exercícios ajudam no controle do peso, que podem piorar um ataque de asma. No
inverno, experimente usar uma máscara para aquecer o ar que você respira
durante o exercício.
Controle as doenças
relacionadas
Alergias e a doença
do refluxo gastroesofágico podem provocar ataques de asma. Se esse for o seu
caso, tente tratar esses problemas antes de tratar a asma.
Expectativas
Não há cura para
asma, embora os sintomas às vezes melhorem ao longo do tempo. Com
autogerenciamento e tratamento apropriados, a maioria das pessoas com asma pode
levar uma vida normal.
Complicações
possíveis
As complicações da
asma podem ser graves. Algumas incluem:
Capacidade reduzida
de se exercitar e tomar parte em outras atividades
Falta de sono devido
a sintomas noturnos
Alterações
permanentes no funcionamento dos pulmões
Tosse persistente
Dificuldade para
respirar que requer ajuda na respiração (ventilação)
Hospitalização e
internação por ataques severos de asma
Efeitos colaterais de
medicações usadas para controlar a asma
Óbito.
prevenção
Prevenção
A asma em si não pode
ser prevenida, uma vez que é decorrente de uma inflamação dos brônquios sem
causa aparente. Entretanto, é possível controlar as crises e ter uma qualidade de
vida melhor:
gitação, pelo menos
não deixe que ele entre ou durma no seu quarto. Outra medida importante é dar
banho no animal pelo menos uma vez a cada duas semanas. O local em que o pet
permanece a maior parte do tempo deve ser limpo toda semana.
Agasalhe-se
É normal que, ao
passar de um ambiente fechado para um externo, com ar frio, o alérgico logo
apresente reações do sistema respiratório, como espirros e inchaço nasal. Por
isso, o ideal é sempre sair de casa bem agasalhado e com um cachecol ou lenço
cobrindo o nariz para que o ar gelado não entre em contato direto com ele.
Apague o cigarro
Cigarro é prejudicial
para todas as pessoas, mas para o alérgico ele pode ser ainda mais destrutivo.
O fumo favorece a evolução de alergias respiratórias e asma. A peculiaridade do
inverno em relação ao seu uso é o fato de a estação tornar ainda mais evidente
essa piora, uma vez que a estação costuma ser caracterizada pelo ar seco e pela
poluição concentrada. Alérgicos fumantes têm grandes chances de se tornarem
futuros portadores da asma, e a permanência do hábito fará com que as crises
fiquem cada vez mais fortes e mais difíceis de serem tratadas.
FONTE: minhavida.com.br/saude/temas/asma
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