O cavalo-marinho
(Hippocampus) é um peixe ósseo, da família Syngnathidae.
Existem 32 espécies
diferentes de cavalos-marinhos nos mares de regiões de clima tropical e
temperado, em profundidades que variam de 8 a 45 metros.
Todas as espécies são
consideradas vulneráveis por órgãos de proteção à natureza.
Alimentação
Em todas as fases de
sua vida, possui hábitos alimentares carnívoros, alimentando-se de pequenos
crustáceos, moluscos e vermes, que são sugados por seu focinho tubular. Só
comem alimentos que se movimentam.
Características
O cavalo-marinho
possui uma cabeça alongada, muito parecida com a cabeça dos cavalos, inclusive
a crina. Sua semelhança com o cavalo deu origem ao nome. O corpo desse pequeno
e delicado peixe é coberto por placas em forma de anel. Possuem ainda a
barbatana dorsal redonda e minúsculas nadadeiras peitoral e anal. Esse peixe
pode medir entre 15 cm e 18 cm.
Assim como os
camaleões, os cavalos-marinhos mudam de cor e movimentam seus olhos saltados em
diferentes direções, independentes um do outro. O cavalo-marinho é o único
peixe que possui a cabeça perpendicular ao corpo
Para nadar, o
cavalo-marinho vibra as barbatanas dorsais com velocidade. Nada na posição
vertical, e possui uma cauda preênsil com a qual se agarra em plantas marinhas
no momento em que se alimentam.
Reprodução
A reprodução desse
peixe é fora do comum, pois é o macho da espécie que gera os filhotes. A fêmea,
no momento da cópula, transfere os ovos de sua bolsa incubadora para dentro da
bolsa incubadora do macho. A fecundação ocorre dentro da bolsa incubadora do
macho, no momento que ele libera o esperma. Essa bolsa fica na região ventral
da cauda. A gestação dura dois meses, geralmente na primavera. No momento do
nascimento, os ovos eclodem dentro da bolsa incubadora. O macho se contorce
violentamente para expelir os filhotes, em média 500 por gestação.
Os filhotes nascem
com menos de 1 cm, transparentes. Apesar de sua fragilidade, já se tornam
completamente independentes dos pais ao nascer. A primeira coisa que fazem é
subir a superfície para encher as bexigas natatórias de ar, para que tenham equilíbrio
ao nadar. Apenas 3% dos filhotes sobrevivem aos predadores naturais.
A viviparidade é
definida como o nascimento de filhotes bem desenvolvidos e ativos e está
associada com a fecundação interna e o desenvolvimento embrionário e fetal no
interior do corpo de um dos pais.
Os organismos em que
ocorre esse tipo de incubação têm custos energéticos elevados e riscos maiores
de predação. Embora os organismos vivíparos apresentem tamanhos reduzidos de
ninhada se comparados com espécies que se reproduzem por meio de ovos
(ovíparas), a viviparidade permite uma maior sobrevivência da prole, pois
minimiza a influência ambiental durante o desenvolvimento embrionário.
A viviparidade é
encontrada em apenas 2-3% das cerca de 30 mil espécies de peixes conhecidas
A viviparidade é
encontrada em 54 famílias de peixes, mas ocorre em apenas 2-3% das cerca de 30
mil espécies conhecidas. Como essas espécies não possuem útero, o
desenvolvimento da prole ocorre na cavidade ovariana ou folicular.
A nutrição
embrionária pode ocorrer através do vitelo, de outros ovos ou mesmo de outros
embriões. Em algumas espécies os recursos alimentares e os gases respiratórios
são fornecidos aos embriões através de estruturas epidérmicas, de projeções
intestinais, de pseudoplacentas foliculares ou de estruturas similares a
placentas, mas que possuem vitelo.
O macho do
Cavalo-marinho fica Grávido
Um dos pais que mais
viajam para proteger os filhotes é o cavalo-marinho, que choca os ovos numa
bolsa em sua barriga.
A fêmea põe milhares
de ovos na bolsa do macho, que os fecunda e protege os embriões até furarem a
casca. O fundo da bolsa segrega um fluido nutritivo que alimenta os filhotes.
Depois de cerca de duas semanas, uma ninhada de cavalos-marinhos em miniatura é
expelida por uma série de contrações da bolsa.
O cavalo-marinho é o
exemplo mais conhecido de "gravidez" no macho, mas houve adaptações
semelhantes em inúmeros parentes seus, inclusive o peixe-trombeta, que vive
entre as plantas aquáticas da costa oeste da Suécia.
Os biólogos que
estudam esses peixes descobriram que, nessa espécie, a troca dos papéis sexuais
é quase completa.
Na maioria dos
animais, o macho inicia a corte e o acasalamento e a fêmea é exigente na
escolha do parceiro. No caso dos cavalos marinhos, não há machos suficientes
para chocar todos os ovos das fêmeas. Portanto, o macho é muito procurado, e é
a fêmea que faz a corte.
Cavalos-marinhos
Dourados ou pretos?
Quando se importam
Cavalos marinhos Dourados, eles são em geral quase inteiramente pretos. São
melindrosos, esquivos e se alimentam devagar, o que ocorre com peixes vorazes
como os chamados donzelas.
Algumas espécies de
cavalos-marinhos só se alimentam de pequenos camarões, Guppies pequenos ou
larvas de mosquito, mas os Cavalos-marinhos dourados logo se acostumam a comer
Camarões Fada congelados (Mysis).
Depois de ambientados
e alimentados adequadamente, os Cavalos-marinhos Dourados logo tendem a mudar
de cor, gradualmente, tornando-se pintados pardos.
Após quatro a seis semanas,
transformam-se numa bela e intensa cor amarelo-dourada. Porém, se as condições
dos seus tanques não forem adequadas, continuarão pretos.
O vídeo ao lado foi
feito na Academia de Ciências de San Francisco - California.
Pequeninos e
delicados, pra mim são os cavalos marinhos mais bonitos.
Se disfarçam como se
fossem parte da folhagem, para que seus predadores não os vejam.
FONTE: ninha.bio.br/biologia/cavalos_marinhos.htm
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