» » » A RARA AVE DA NOVA ZELÂNDIA

Acreditamos que não muitos de vocês conheçam Kakapo, uma ave rara, endêmica (espécie nativa encontrada em um só local) da Nova Zelândia.
Seu nome, que é originário dos maori (povo nativo da Nova Zelândia), significa papagaio da noite. 
Essa espécie também conhecida como papagaio-mocho (Strigops habroptilus) realmente se parece com um papagaio.
Afinal o kakapo pertence à mesma ordem dos papagaios, araras, maritacas, periquitos, entre outras aves da ordem Psittaciformes. Só que diferente deles ela não voa, sendo a única dessa ordem incapaz de voar.
 Por que? 
Bem primeiramente esta ave é grande e pesada, sendo que com 60 cm de comprimento, pode atingir 3 a 4 kg. 
Para voar um pássaro deve ser leve, assim ele poderá planar mais facilmente e se manter no ar. 
Outra coisa é que o kakapo possui asas atrofiadas e pequenas e também não possui músculos de voo, fazendo com que seu osso esterno seja reduzido para seu tamanho. Isso tudo torna impossível a prática de voo.
Pesquisadores acreditam que o kakapo tinha a capacidade de voar, no entanto o fato de por muitos anos, não haver muitos predadores da espécie e por não ter dificuldades em encontrar alimento, com a evolução a ave aumentou de tamanho, e por não utilizar muito suas asas, elas acabaram atrofiando.
Características 
Esta ave tem uma plumagem bonita e própria para camuflar-se entre a vegetação nativa. 
Suas penas em sua maior parte possuem tons verde-seco, listado de preto na zona dorsal, e a zona ventral e garganta em tom amarelado. 
Como não voam, suas penas não são muito rijas, sendo macias e suaves. Fazendo referência a essa característica foi escolhido o nome "haproptilus" para a espécie, que significa "pena suave" em grego. 
Os kakapos possuem penas especializadas ao redor do bico, as quais funcionam como bigodes sensoriais, que lhe ajudam a reconhecer o local à noite, quando saem para se alimentar. Seu olfato também é muito apurado. 
Eles usam suas asas, pernas e bico para escalar árvores e se locomover pelo habitat.
Essas aves podem viver até os 60 anos, sendo que os machos atingem a maturidade sexual aos 5 anos, e as fêmeas entre 9 e 11 anos.
Acasalamento 
A forma com que os kakapos realizam o ritual de acasalamento é bem atípica se compararmos com outras espécies de psitacídeos. 
Os machos formam uma espécie de arena, onde realizam exibições elaboradas para atrair o maior número de fêmeas possível. 
Geralmente eles fazem isso em topos de colinas ou de escarpas, chegando a lutar entre si para pegar as melhores localizações. Cada macho escava diversas depressões no solo, as quais são mantidas limpas com todo zelo. 
Eles percorrem as depressões durante a noite para emitir vocalizações ruidosas de baixa frequência que podem ser ouvidas a cerca de 1 km de distância. As fêmeas são atraídas pelo canto e escolhem um dos vários machos que se encontram no local.
Após uma breve exibição do macho perante a fêmea ocorre a cópula. Em seguida as fêmeas separam-se deles e retornam a seus territórios sozinhas e os machos voltam a atrair mais fêmeas. 
As fêmeas constroem ninhos toscos no solo ou em cavidades nos troncos das árvores, postando entre um e quatro ovos. A encubação leva cerca de 30 dias. 
Os filhotes ficam vulneráveis à noite, quando a mãe sai a procura de alimento. Eles se tornam independentes com cerca de 10 a 12 semanas. Mesmo assim a mãe pode continuar a alimentá-los até durante seis meses.
Motivos de sua quase extinção
 O fato dos kakapos se encontrarem em grave perigo de extinção tem vários motivos. 
O principal deles é introdução de predadores no final do século XIX, devido a reprodução desenfreada de coelhos, outro animal introduzido em um habitat não pertencente à sua espécie. 
Outro motivo é a vulnerabilidade da ave, que como não voa, fica exposta aos predadores. Os kakapos também possuem um odor intenso, sendo uma mistura de flores e mel, bem agradável ao nariz humano. 
Esse odor provavelmente se deve ao hábito dessas aves em se alimentarem de sementes, frutos e pólen e viverem escondidas e escalando em árvores.
No entanto esta característica trouxe muitos problemas para o kakapo, facilitando para que os predadores o encontrassem. Outro fato anterior à introdução de espécies invasoras é a ocupação dos maori, que caçavam os kakapos não só para se alimentar como fazer objetos ornamentais. 
Apesar das aves também se alimentam de insetos e pequenos invertebrados, têm uma verdadeira predileção pelo fruto rimu, provindo de uma árvore endêmica do país.
Este fruto é tão valorizado pelas aves, que até mesmo faz parte de seu ritual de acasalamento. Segundo estudos recentes, acredita-se que a reprodução dos kakapos esteja associada aos períodos de frutificação do rimu, que ocorre de 3 a 5 anos de intervalo. Este fator também contribui para que a população dos kakapos cresçam. Hoje existem apenas 126 indivíduos da espécie. 
Medidas tomadas para conservação do kakapo
Por isso que para estimular a reprodução das aves, conservadores introduzem frutos artificiais que "imitam" o rimu todo ano, para que as aves continuem a se reproduzir. 
Os pesquisadores também tomam cuidado para não haver cruzamentos consanguíneos e por isso transferem machos sobreviventes de ilha todo ano. 
Os kakapos se encontram distribuídos pelas ilhas Chalky, Codfish e Stewart, que se encontram ao largo da costa Sul da Nova Zelândia, sendo assistidos e protegidos de possíveis invasões de predadores pelos conservadores. Esta medida foi tomada em 2006, após o fracasso da reserva natural das aves, fundada em 1891 na ilha Resolution.
Pois muitas das aves que se encontravam lá foram predadas por um grupo de arminhos que colonizou o local. 
Os conservadores esperam poder construir outra reserva para os kakapos na Ilha Sul, e assim colocar mais 100 indivíduos. 
Sinceramente esperamos que esses conservadores tenham sucesso em seus planos, para que esta bela ave não desapareça. 
Afinal o kakapo não existe em qualquer outro lugar que não seja a Nova Zelândia, e sabemos que as espécies endêmicas são as mais vulneráveis à extinção. 
Este é um exemplo do que ações humanas impensadas são capazes de fazer. Mas ao mesmo tempo mostra que nós humanos somos capazes de corrigir nossos erros e ajudar a natureza voltar a prosperar.
Vamos pedir a Deus que nos dê sabedoria para que saibamos cuidar deste belo mundo que ele criou para nós. 
Se quiserem saber mais sobre os kakapos, assistam ao documentário The Unnatural History of the Kakapo. (Apesar de estar em inglês é possível entender através das imagens e conhecer mais sobre esta fascinante ave).

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Postador Unknown

Aqui você coloca uma descrição do postador exemplo. Oi lá! eu sou um verdadeiro entusiasta Na minha vida pessoal eu gastar tempo com a fotografia, escalada, mergulho e passeios de bicicleta da sujeira.
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